Nos últimos meses tenho investido todos os meus esforços, em negociações com advogados de outros credores da Sosul, no sentido de conseguir um acordo que ponha fim ao processo, com a distribuição dos fundos obtidos com a venda do antigo Hotel Neptuno por todos os credores. Esses esforços deram resultado, tendo sido entregue no Tribunal de Vila Real de Santo António o requerimento cujo texto, com os respectivos pressupostos e fundamentos, pode ser lido aqui.O mapa de rateio acordado pode ser lido aqui.
PEÇA PROCESSUAL: Requerimento para ACORDO DE TRANSAÇÃO
PEÇA PROCESSUAL: Lista de Valores por Credor
O processo de falência da Sosul está numa situação estranha: como os juízes do Tribunal Judicial de Vila Real de Santo António não tinham possibilidades de assegurar a normal tramitação do processo, o Conselho Superior de Magistratura nomeou uma juíza do Tribunal Judicial de Castelo Branco para despachar o que for necessário a essa tramitação, assessorada por uma secção de recuperação de processos localizada em lisboa. Assim, os muitos volumes do processo foram enviados para Castelo Branco, onde a juíza despacha; a secção de recuperação no Campus da Justiça, em lisboa, procede às notificações; os requerimentos dos credores são enviados via Citius ou entregues no Tribunal de Vila Real de Santo António, onde está também localizada a magistrada do Ministério Público que exerce as funções de síndico.
No dia 11 de janeiro de 2013, a magistrada encarregada do processo deu um longo despacho, de 412 páginas, que pode ser lido aqui, reformulando o despacho saneador que tinha sido notificado em maio passado. Este despacho novo representa um retrocesso na posição processual dos associados da AINEPTUNO: os créditos que já tinham sido reconhecidos, estão agora condicionados à produção de prova sobre os factos que o despacho enumera.
PEÇA PROCESSUAL: Despacho Saneador Reformulado
Entretanto, o processo no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem vai andando tão devagar como os processos nos tribunais portugueses. Recebi recentemente uma carta do TEDH, pedidndo mais elementos e as datas de nascimento de alguns dos queixosos cujo texto, em francês, pode ser lido aqui. Estou a recolher estes dados para os enviar dentro do prazo que me foi dado, que termina a 6 de fevereiro.
PEÇA PROCESSUAL: Carta do TEDH de 10012013
Apesar deste cenário, estou optimista quanto à concretização do acordo que permita pôr um fim a este processo que já dura há quase 20 anos. Tendo em conta que os créditos reclamados são superiores a 50 milhões de euros e que o dinheiro disponível não chega aos 16 milhões, o acordo a que se chegou é bom para todos.
Do Ministério da Justiça foi igualmente recebido um ofício, dando conhecimento à Secretária- Geral do Ministério da Justiça da última exposição feita em nome da Associação.